quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Eu Mato - Carnavais

Oi pessoal!!!

Como algumas coisas são meio estranhas né? Eu me lembro de que quando estava lendo Uma Vontade Louca de Dançar, ia marcando frases sem parar! Em Eu Mato, acho que fiquei tão curiosa pra saber mais e mais que acabei separando só alguns trechinhos, que eram aqueles que fugiam um pouco do "terror" do livro, como falei. Acho que sempre quando estamos lendo um livro, acabamos tirando dele aquilo que precisamos no momento de vida que passamos. Tenho muito essa coisa de às vezes me refugiar nos livros pra poder viajar um pouquinho e tirar aprendizados a partir da vida de outras pessoas as quais estão sendo retratadas por autores sempre incríveis. É fantástica a transformação que um livro, uma frase ou um pensamento podem fazer em nós, nem que seja só por um momento.

Voltando agora ao livro, Giorgio o escreve alternando capítulos enumerados e "carnavais". Cada carnaval significa a morte de alguém; o triunfo de Ninguém ao conseguir mais uma vítima, mais um rosto. Assim, ao longo da trama, os mistérios passam a ser melhor entendidos um padrão passa a ser notado e, finalmente, as pistas começam a aparecer. Um mix de angústia, clareza, medo, certeza e invalidade toma conta até mesmo dos policiais, que passam a ser novas possíveis vítimas.

Hoje trouxe um trecho de dois carnavais, o sexto e o sétimo, pra que se entenda também que neles, o pensamento de Ninguém se confunde com o de Faletti, e muitas vezes, com o nosso também.
"Quando, em que hora do dia ou da noite, fixada num relógio sem corda, acontecerá aquele último segundo e não mais um outro, deixando o resto do tempo ao mundo que prossegue em outros giros e outras corridas? Onde, em que leito, banco de carro, elevador, praia, poltrona, em que quarto de hotel o coração sentirá aquela última dor aguda e a espera interminável, curiosa e inútil por outra batida, depois do intervalo que se faz cada vez mais longo, ainda mais longo, infinito? Às vezes tudo é tão rápido que aquele último estremecimento é finalmente a calma, mas não a resposta, pois naquele lampejo que cega não há tempo para compreendê-la, às vezes nem mesmo para ouvi-la."
Mravailhosamente escrito! Giorgio Faletti parece, às vezes, tirar palavras que nem nós pensávamos ter no coração.

"Mas o tempo, o tempo sarcástico que trata os homens como brinquedos e os anos como minutos, voou a seu redor e retirou com uma das mãos o que tinha dado em profusão com a outra."
Leiam! Amanha quero trazer um pouco do lado romântico da obra. À medida em que vamos lendo, pensamos que o amor toma uma parte do livro, mas não dele todo. Ao final da leitura, descobrimos uma história de amor incrível em todas as 531 páginas.


Camila.

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